Modelo Assistencial

Governança clínica: como efetivá-la nas organizações de saúde brasileiras?

DRG Brasil
Postado em 10 de julho de 2020 - Atualizado em 28 de setembro de 2023

No sistema de saúde, a governança clínica é fundamental. Por meio dela, é aplicado um modelo de gestão hospitalar e clínica focado na qualidade do atendimento ao paciente. Além disso, ela prevê a adoção de elevados padrões de assistência à saúde, de acordo com as melhores práticas nacionais e internacionais do mercado.

O surgimento desse conceito ocorreu no Reino Unido, a partir das mudanças realizadas no National Health System (NHS), o sistema de saúde britânico. De acordo com a instituição, a governança clínica representa um modelo de melhoria contínua da qualidade dos serviços e manutenção da excelência no atendimento ao paciente.

A questão que fica é: como aplicá-la na gestão da saúde para a efetiva entrega de valor? É o que explicaremos neste conteúdo, a partir de seu conceito, importância e pilares, além de apresentar como a plataforma DRG Brasil auxilia no processo. Continue lendo!

O que é governança clínica?

O termo governança clínica se refere a uma estratégia voltada para a melhoria contínua dos serviços de saúde. Quando foi citado pela primeira vez, em 1997, estava relacionado à modernização das práticas de gestão. Atualmente, está diretamente ligado à geração do valor em saúde, a fim de que as incertezas diminuam e o processo decisório seja mais acertado.

Na época de sua criação, a proposta apresentada pelo NHS revolucionou o modelo de assistência em saúde, pois trouxe a decisão clínica para o ambiente gerencial e organizacional. Na prática, isso significou aumentar a qualidade dos cuidados e colocar o paciente e sua família no centro de seu tratamento.

Como resultado, foi identificado o comprometimento maior de profissionais da saúde, gestores, paciente e familiares. Ao mesmo tempo, o foco nos resultado ficou claro a partir da entrega do valor em saúde.

Qual a importância da governança clínica?

O NHS entende a governança clínica como um termo "guarda-chuva". Basicamente, ele abrange diferentes atividades — e todas elas focam a qualidade do serviço e a adoção de padrões de excelência no atendimento ao paciente. Assim, é possível entregar valor em saúde.

Basicamente, o conceito de valor em saúde se refere à relação entre os desfechos clínicos e o custo necessário para atingi-los. Com a inserção do paciente no centro dos cuidados, o resultado dessa conta é o melhor possível, porque são evitados desperdícios e é entregue um atendimento de qualidade.

Para alcançar esse objetivo, é necessário adotar uma estratégia que preveja o comprometimento de gestores e profissionais de saúde. Desse modo, é possível incentivar as equipes a prestar um atendimento de excelência, com o propósito de reduzir as falhas nas entregas assistenciais.

O que compõe a governança clínica?

A implantação desse conceito depende da aplicação de seus componentes principais. Veja quais são eles.

Efetividade e eficiência clínica

As decisões relacionadas ao tratamento do paciente devem ser baseadas em evidências e dados de qualidade. É importante seguir as recomendações de entidades de saúde reconhecidas, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Gerenciamento de riscos

O objetivo é reduzir os riscos dos pacientes durante o tratamento. Para isso, é preciso investir nas seguintes boas práticas:

  • identificar o que pode dar errado e o que foi falho durante a assistência ao paciente;
  • entender os fatores que influenciam o tratamento;
  • aprender as lições obtidas com os eventos adversos;
  • adotar ações para prevenir a ocorrência de falhas;
  • utilizar sistemas que focam a redução dos riscos e a qualidade da assistência.

Auditoria clínica

A auditoria clínica foca a análise da qualidade dos serviços prestados por todos os profissionais de saúde. Por meio dela, é possível comparar a performance com um padrão preestabelecido e identificar oportunidades de melhoria.

A partir desse processo, são realizadas melhorias com novas auditorias subsequentes para ver se realmente houve aprimoramento. O acompanhamento pode ser feito a partir de um sistema de qualidade, que foque a gestão de saúde baseada em valor.

Melhoria contínua

A equipe de saúde deve aperfeiçoar seu trabalho de forma constante, tanto no quesito conhecimento quanto em habilidades. O ideal é ter um ambiente que valorize a melhoria contínua e forneça as oportunidades necessárias, inclusive com treinamento e desenvolvimento nas melhores práticas de assistência à saúde.

Envolvimento e experiência do paciente e sua família

O paciente deve estar no centro do atendimento de excelência. Para isso, é necessário estabelecer uma parceria com ele e também seus cuidadores. Os profissionais de saúde devem entender quais são as principais preocupações e prioridades, a fim de traçar um tratamento adequado. Essa é uma forma de garantir mais engajamento no tratamento.

Gerenciamento da equipe

O trabalho eficiente depende de uma equipe de alto nível e voltada para a máxima qualidade de atendimento. O próprio ambiente deve ser propício para essa finalidade. Para isso, os gestores devem incentivar o aperfeiçoamento profissional.

Como a governança clínica é trabalhada pela plataforma DRG Brasil?

O DRG Brasil é uma plataforma de governança clínica com o objetivo de entregar resultados assistenciais de qualidade e gerar valor. Para isso, o desperdício é controlado e há melhoria da experiência do cliente.

O grande benefício da plataforma é sua capacidade de transformar dados assistenciais e econômicos em informações. Assim, a entrega de valor pelo sistema de saúde aumenta, porque as tomadas de decisão são mais acertadas.

Como esse processo acontece? A plataforma DRG Brasil funciona com 4 etapas:

  1. coleta e integração dos dados de saúde e econômicos, a partir de educação continuada e suporte dedicado para a capacitação dos profissionais. Assim, são coletadas informações qualificadas por dispositivos móveis à beira do leito e por leitura de prontuário. Os números são inseridos nas informações econômicas para subsidiar as tomadas de decisão;
  2. transformação de dados em informações por meio da inteligência artificial do núcleo de inteligência DRG Brasil. Assim, são feitas previsões assistenciais e econômicas. Além disso, há o Grouper DRG Brasil, um algoritmo de previsão de custos que considera a complexidade e a criticidade clínicas. Os dados são alocados em uma categoria e são projetados os desfechos assistenciais para posterior comparação;
  3. análise e comparação de informações pelo ambiente de gestão Analytics DRG Brasil. Os gráficos e os painéis indicam aos gestores o melhor caminho a seguir e o que precisa melhorar no desempenho organizacional. Ainda são apresentados os aspectos com mais desperdícios e disfunção assistencial;
  4. governança clínica, ou seja, as ações para incentivar esse ciclo e aumentar a entrega de valor. É importante destacar que a plataforma DRG Brasil reúne o know-how metodológico com as tecnologias inovadoras. Com isso, há entrega de valor.

Assim, fica claro que os três primeiros passos são referentes ao levantamento de dados e à análise de informações. Por sua vez, o último é a efetivação da governança clínica, que é mais bem implementadas pela plataforma DRG Brasil com as nove práticas a seguir:

  1. planejamento estratégico em saúde: foca a entrega de valor por meio de resultados assistenciais mais controle do desperdício. Para isso, é preciso conhecer as características do sistema, as especificidades da população atendida e seus problemas de saúde;
  2. governança clínica baseada em valor: alinha os interesses de hospital, médico e operador do sistema de saúde para engajar as partes interessadas e entregar valor ao paciente e à família, sempre colocando-os no centro da assistência;
  3. eficiência hospitalar: é medida pela Inteligência Artificial, Algoritmo e Analytics para reduzir os custos e aumentar a qualidade assistencial;
  4. alta segura: é garantida pelas mesmas tecnologias anteriores, a fim de oferecer uma transição de cuidado seguro para pacientes clínicos e cirúrgicos;
  5. gestão de riscos 4P: estabelece o uso da tecnologia para engajar o paciente e integrar a família e a equipe multidisciplinar com o objetivo de conter os riscos e oferecer uma assistência mais eficaz. Tem como base a predição do risco genético do paciente a doenças, a prevenção de enfermidades, a personalização do atendimento e a participação do médico e do paciente nas medidas adotadas;
  6. Hospital Amigo do Idoso: está alinhado às diretrizes de envelhecimento da OMS e usa a tecnologia de Inteligência Artificial, Algoritmo e Analytics clínico-econômico para efetivar a governança clínica geriátrica e entregar valo ao público;
  7. Parto Seguro: trabalha a governança clínica obstétrica para que operadoras, hospitais e médicos entreguem valor à mãe e ao bebê. Segue os requisitos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e das Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal do Ministério da Saúde, e vai além;
  8. internações evitáveis na emergência: trabalha a linha de cuidado anestésico-cirúrgica para reduzir as internações com o cuidado primário. Assim, aumenta a segurança do paciente na transição de cuidados e a disponibilidade de leitos;
  9. ambulatorização cirúrgica: foca a linha de cuidado anestésico-cirúrgica para entregar valor e aumentar a disponibilidade de agenda do bloco.

Como fica claro, a efetivação de uma boa governança clínica depende de uma mudança de mindset, ou seja, uma alteração do foco na assistência em saúde. O objetivo é prestar o melhor atendimento possível, colocando o paciente como centro das ações.

Para viabilizar essa mudança, é importante contar com a plataforma DRG Brasil, que é desenvolvida especificamente para o sistema de saúde brasileiro e tem todos os recursos necessários para trabalhar a governança clínica com eficiência. O resultado é o aumento da qualidade e a redução do desperdício pela entrega de valor.

Achou interessante e quer conhecer mais sobre a plataforma de valor em saúde DRG Brasil? Acesse o site e entenda como a solução trabalha a qualidade da assistência em saúde.

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