É amplamente divulgado que o grupo populacional com mais de 60 anos e pessoas que possuem condições médicas subjacentes graves, como doença cardíaca, pulmonar ou diabetes, estão em maior risco de desenvolver complicações mais graves da Covid-19.
O Ministério da Saúde descreveu o Fluxo do fast-track para Atenção Primária à Saúde com objetivo de agilizar o atendimento de casos de Síndrome Gripal na APS – incluindo os casos de Covid-19 – priorizando indivíduos em risco de infecção, principalmente idosos, e evitar o contágio local com outros pacientes.
Dada a letalidade muito mais elevada da infecção pelo novo coronavírus entre os maiores de 60, aliado ao fato de que a população idosa está crescendo exponencialmente no Brasil (aumento de 20% em oito anos), é essencial que nosso sistema de saúde adote medidas ativas para elaborar um modelo de assistência específico para essa faixa etária.
O Centro Internacional de Longevidade Brasil é uma organização independente, criada como uma usina de ideias, produção de conhecimento, recomendação de políticas baseadas em evidências e concepção de projetos de cidadania para propiciar aos indivíduos oportunidades de aumentar a qualidade de vida ao longo do seu envelhecimento.
A organização é presidida pelo médico, professor e ativista Alexandre Kalache. Com projeção internacional, ele foi um dos primeiros a visualizar o envelhecimento populacional como um fenômeno mundial e a apontar as potencialidades e os riscos inerentes.
Kalache falou ao público da plataforma DRG Brasil sobre a importância de o sistema de saúde brasileiro estar preparado para as questões relacionadas ao envelhecimento, começando pelo aprimoramento da atenção primária a fim de estruturar um Hospital Amigo do Idoso.
A bandeira que o médico levanta é a de transformar a vida dos idosos por meio de um sistema de saúde que ofereça qualidade assistencial, segurança e sustentabilidade, baseadas no conceito do envelhecimento ativo, com ênfase na participação e no protagonismo da pessoa idosa.
Desenvolver ações voltadas ao aprimoramento da atenção à saúde da pessoa idosa é primordial e urgente, assegurando:
Dados levantados pela plataforma DRG Brasil demonstram que, de janeiro a julho de 2019, 36,8% de todas as internações codificadas foram de indivíduos acima de 60 anos. A média de permanência desses pacientes foi de 5,4 dias, o que representa um tempo 59% maior do que a média de todas as faixas de idade.
A incidência de eventos adversos graves, o número de diárias previníveis e o nível de desperdício também se mostram muito mais elevados para a faixa 60+, o que não é benéfico para ninguém, em especial para o paciente idoso.
“Temos que desenvolver uma cultura do cuidado para vocês, os idosos do futuro, até onde houver vida”, conclui o Kalache.
Assista à palestra completa do Dr. Alexandre Kalache, e saiba mais sobre as características que um Hospital Amigo do Idoso deve acentuar.
Direitos autorais: CC BY-NC-SA
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