Hospitais filantrópicos frequentemente lidam com orçamentos apertados, processos complexos e uma pressão constante por resultados. Indo na contramão dessas dificuldades, o Hospital Padre Máximo, de Venda Nova do Imigrante (ES), destacou-se ao adotar estratégias inovadoras que integraram tecnologia, gestão de pessoas e processos mais eficientes. Sob a liderança de Esla Lessa Borba, diretora geral da instituição, o hospital promoveu mudanças estruturais que resultaram em uma significativa otimização do giro de leitos, aumento na eficiência assistencial e maior satisfação dos pacientes.
Neste artigo, você conhecerá em detalhes as estratégias adotadas pelo Hospital Padre Máximo e como elas podem servir de inspiração para instituições que buscam resultados semelhantes.
Fundado em 1959, o Hospital Padre Máximo possui 82 leitos gerais e 20 leitos de UTI, com uma forte vocação filantrópica: atualmente, 92% dos atendimentos são destinados ao SUS. No entanto, assim como outras entidades do setor, o hospital enfrentava dificuldades relacionadas à gestão financeira, limitação de orçamento, escassez de recursos, rotatividade de profissionais e processos internos fragmentados e pouco eficientes.
Segundo Esla Borba, diretora geral da instituição, o hospital vivia grandes desafios financeiros e operacionais, com ausência ou dificuldades com os sistemas de informação. “Nosso orçamento era limitado e tínhamos dificuldades significativas em relação à qualificação dos nossos profissionais e à gestão dos nossos processos”, afirmou.
Buscando reverter essa situação, o Hospital Padre Máximo iniciou um processo transformador utilizando a metodologia DRG Brasil, que permitiu uma visão clara e objetiva do desempenho assistencial da instituição. A metodologia possibilitou identificar gargalos como divergências nas altas médicas e falhas na gestão dos desfechos clínicos críticos.
Os objetivos de implementar inovação e metodologias de gestão por processos, como o DRG Brasil, foram:
“O DRG trouxe clareza sobre nosso real perfil assistencial, permitindo identificar os problemas reais relacionados ao tempo de permanência, reinternações e condições adquiridas pelos pacientes durante a internação”, complementou Esla.
Para enfrentar os desafios identificados, o Hospital Padre Máximo implementou ações coordenadas e estratégicas que abrangem três grandes pilares:
Foi feita uma análise minuciosa do uso racional dos recursos financeiros e materiais, como medicamentos, insumos hospitalares e tecnologia. O hospital trabalhou com processos claros de gestão financeira e administrativa, otimizando a utilização de insumos e reduzindo desperdícios por meio de protocolos rígidos como o método FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair).
O Hospital Padre Máximo investiu intensamente na qualificação contínua dos seus profissionais, valorizando o capital humano como elemento central da mudança. Foram estabelecidas ações constantes de capacitação, integração entre equipes, valorização e escuta ativa, além da criação de um Comitê de Experiência do Paciente em 2023.
“Trabalhamos muito com a equipe de gestão de pessoas e humanização, mostrando que o maior recurso que temos é humano, e por meio dele fazemos a diferença na saúde”, acrescentou Esla.
O DRG Brasil foi implementado na instituição no fim de 2022, com o apoio da Planisa.
A tecnologia foi fundamental para alcançar uma gestão assistencial eficiente. Dentre as inovações, destacam-se:
A partir dessas estratégias integradas, o hospital obteve resultados impressionantes em curto prazo, como:
“Não tivemos um aumento significativo de custos, pelo contrário, houve uma racionalização e eficiência na utilização dos recursos. Além disso, o feedback dos pacientes e familiares tem sido extremamente positivo”, pontuou Esla.
A experiência do Hospital Padre Máximo evidencia um grande avanço na sustentabilidade a partir do uso do DRG Brasil e a importância de uma gestão estratégica orientada por dados, tecnologia integrada e forte engajamento das equipes.
Para o Hospital Padre Máximo, serão trabalhados os próximos passos para avançar nos resultados a implantação da gestão de custos por linha de cuidado, mensuração de desfechos clínicos e experiência do paciente, além de aprofundar o uso do DRG Brasil para a remuneração por valor.
Hospitais com perfis semelhantes podem aprender com esse case os seguintes pontos fundamentais:
A trajetória de transformação vivenciada pelo Hospital Padre Máximo demonstra claramente que é possível superar desafios financeiros e operacionais quando há um compromisso real com a inovação, tecnologia e humanização. A sinergia entre equipes e processos, aliada à eficiência operacional, resulta em benefícios concretos que vão além do financeiro, aprimorando a qualidade assistencial, com segurança, eficiência e foco no paciente.
Para instituições hospitalares interessadas em trilhar esse mesmo caminho, o exemplo do Hospital Padre Máximo reforça uma lição valiosa: “Mudar é possível, desde que haja clareza nos objetivos, planejamento estratégico e compromisso de todos em prol do paciente”, finalizou Esla.
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Direitos autorais: CC BY-NC-SA
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