Conheça o IVSB e saiba por que vale a pena usar o Índice de Valor do Sistema de Saúde Brasileiro
DRG Brasil
Postado em 17 de fevereiro de 2020 - Atualizado em 5 de outubro de 2020
O modelo de pagamento no sistema de saúde brasileiro nem sempre é o mais justo para operadoras, prestadores e profissionais. O fee for service preza pela quantidade de procedimentos efetuados, mas nem sempre coloca em primeiro lugar a qualidade da assistência. É para corrigir essa distorção que existe o IVSB.
O Índice de Valor do Sistema de Saúde Brasileiro foi criado
pela plataforma
DRG Brasil com foco na eficiência do serviço e nos resultados
assistenciais comparados ao nível de desempenho considerado ideal. Assim,
é possível gerar valor e evitar os desperdícios. Ao mesmo tempo, os dados são
transformados em informação para melhoria da qualidade. A partir dessa
mudança, o modelo assistencial e de remuneração é aperfeiçoado colocando a vida
do paciente no centro da atenção de todo o sistema de saúde.
Para entender melhor essa modificação do sistema de saúde brasileiro e saber como o DRG Brasil o efetiva em seu ecossistema, neste post explicamos a metodologia, o cálculo desse índice e sua importância. Acompanhe!
A metodologia utilizada pelo IVSB
Prêmio IVSB | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
O Índice de Valor do Sistema de Saúde Brasileiro visa a entregar um serviço de mais qualidade para o paciente. Por isso, ele é composto pela eficiência e pela qualidade assistencial. O IVSB é uma metodologia baseada em score, a pontuação vai de 0 a 100, sendo que a nota mais elevada indica que o resultado foi melhor ou igual ao estabelecido como referência.
A partir de sua mensuração, são identificadas oportunidades de melhoria e descobertos os índices de falhas de entrega da assistência, que geram desperdícios para o sistema de saúde. Para ter uma ideia, os autores Berwick e Hackbarth sinalizam que essas situações consomem 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
Caso as falhas de entrega da assistência sejam resolvidas em 50%, a economia para o sistema de saúde americano seria de 1 trilhão de dólares. Por sua vez, no Brasil, Couto et al. indicam que o desperdício com a insegurança assistencial hospitalar pode chegar a R$ 10,6 bilhões.
Os dados do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), porém, trazem um cenário ainda mais preocupante. Segundo a entidade, os desperdícios alcançaram R$ 27,8 bilhões em 2017, último ano analisado.
Esse total representa 19,1% do total de despesas assistenciais anuais das operadoras de saúde. Com isso, há aumento da sinistralidade e a tendência de oferecer uma experiência ruim para o paciente.
Nesse contexto, o IVSB surge como uma alternativa para mudar o cenário. O objetivo é aumentar a eficiência, aumentar a segurança assistencial, evitar as hospitalizações e reinternações preveniveis e diminuir a permanência dos pacientes internados por meio de boas práticas, por exemplo, ao reduzir a burocracia nas relações do hospital com o operador do sistema de saúde e usuários, a demora no relacionamento com a família do paciente.
Em outras palavras, ainda que existam situações de complexidade clínica que levam a um aumento das internações e da ineficiência, o que a plataforma DRG Brasil procura é impedir a ocorrência de situações fúteis, como atrasos de exames, demoras em autorizações, dificuldades para tomadas de decisão etc.
Ao resolver essas questões, o sistema de saúde se torna baseado em valor. Os benefícios são variados. Além de uma remuneração mais justa para profissionais e operadoras, o paciente ainda tem menos danos físicos e psicológicos. Ao mesmo tempo, há um acesso mais amplo da sociedade aos serviços prestados, que também são mais competitivos.
O cálculo do Índice de Valor do Sistema de Saúde Brasileiro
O IVSB é calculado a partir dos dados coletados pela plataforma DRG Brasil. O próprio sistema mensura e compara a entrega de valor de médicos e hospitais. O processo é feito a partir das características de saúde do paciente e possíveis complexidades e criticidades clínicas. O parâmetro são os referenciais nacionais.
Assim, a partir da coleta dos dados de saúde e econômicos, eles são integrados e transformados em informações. Isso acontece por meio do algoritmo de previsão de custos. Ele combina os dados de saúde do paciente e determina qual é a categoria adequada para complexidade e criticidade clínicas.
Em poucos segundos, apresenta quantos recursos são necessários ao tratamento dos pacientes alocados nessa categoria nos quesitos medicamentos, materiais e diárias. Ao mesmo tempo, a inteligência artificial embutida na plataforma projeta o resultado assistencial esperado. Depois, é possível comparar o que foi conseguido e avaliar o valor entregue ao paciente.
Aliás, a possibilidade de análise e comparação é o diferencial. Com esse recurso, diferentes painéis e gráficos são gerados e mostram o desempenho da organização. Com isso, você identifica os principais focos de disfunção assistencial e desperdício, a fim de direcionar as ações para reduzir esses gargalos.
Com essa avaliação, basta aplicar as medidas de governança clínica para aumentar a entrega de valor e efetivar o know-how metodológico do Índice de Valor do Sistema de Saúde do Brasil.
Para entender melhor como o cálculo funciona, imagine que você deseja analisar os resultados assistenciais da atenção primária. Nesse caso, a dimensão avaliada é a resolutividade da emergência. O cálculo é embasado na incidência de internações sensíveis à atenção primária.
Por outro lado, se pretende mensurar a eficiência no uso do leito hospitalar pelo sistema de saúde, precisará verificar as diárias ocorridas além das previstas pela plataforma. Portanto, ainda que o cálculo seja complexo, basta repassar as informações e aguardar o retorno da solução.
A importância desse indicador
A empresa que trabalha com o IVSB como base tem mais chance de oferecer um atendimento de qualidade. Em vez da preocupação ser focada no volume de procedimentos, esse indicador trabalha a performance dos prestadores para a entrega de valor ao paciente.
Por isso, o modelo prevê a assistência contínua para garantir a integração de processos e informações. Quando esse objetivo é alcançado, o sistema se torna:
equitativo, ou seja, não muda devido às características pessoais do paciente;
seguro;
eficaz, porque os serviços são prestados com base no conhecimento científico;
eficiente, já que são evitados desperdícios de todas as formas;
centralizado no paciente, com respeito às preferências, às necessidades e aos valores do indivíduo;
acessível, por reduzir os atrasos e as esperas.
Ao mesmo tempo, todo o sistema de saúde se torna mais transparente e o modelo remuneratório incentiva a entrega de valor. Em suma, pacientes, profissionais, hospitais e operadoras são beneficiados.
As propostas de ações para entregar valor ao paciente
Para o índice, o sistema de saúde só entrega valor se alinhar seu modelo
assistencial e de remuneração oferecer atendimento contínuo e personalizado,
com envolvimento de todas as partes interessadas. Por esse motivo, algumas
prioridades para aumentar o IVSB são:
reduzir as internações por condições sensíveis à atenção primária;
diminuir as internações cirúrgicas ambulatorizáveis;
aumentar a segurança assistencial pela redução da ocorrência de condições adquiridas graves;
elevar a eficiência do uso do leitor hospitalar.
Os ganhadores do IVSB Líder 2019
Premiados IVSB | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
Para incentivar o uso do Índice de Valor do Sistema de Saúde Brasileiro e a adoção de práticas eficientes, o DRG Brasil criou o ISVB Líder, uma premiação que destaca as operadoras e os profissionais com os melhores resultados.
Dividida em categorias, vários foram os premiados. Em 2019, os ganhadores entre as operadoras de grande porte foram:
Unimed Belo Horizonte
Unimed Fortaleza
Unimed Goiânia
Na categoria Operadora de Médio Porte, os contemplados foram:
Unimed Volta Redonda
Unimed Costa Oeste
Unimed Uberlândia
Na categoria Hospital Geral, os premiados foram:
Uberlândia Medical Center
Hospital Regional Unimed Fortaleza
Hospital Ministro Costa Cavalcanti
Ainda foi destacado o Hospital Dia e Maternidade Unimed BH, na categoria Maternidade.
Como ficou claro, apenas as instituições de referência transformaram o cenário e adotaram o Índice de Valor do Sistema de Saúde Brasileiro. O IVSB ajuda a oferecer um atendimento mais eficiente e de qualidade, que reduz os desperdícios e se traduz em diminuição da sinistralidade e fidelização dos pacientes. Por isso, vale a pena adotar a plataforma da DRG Brasil para centralizar seus cuidados no paciente.
Quer conhecer melhor a metodologia e entender como sua instituição de saúde vai agregar valor ao paciente? Acesse o site do DRG Brasil e conheça mais sobre a mensuração de valor em saúde!
Federação do Paraná | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
Maternidade Unimed BH | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
Uberlândia Medical Center | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
Unimed BH | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
Unimed Fortaleza | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
Unimed Goiânia | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
Unimed Urbelândia | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
Unimed Volta Redonda | Foto: Rodolfo Duarte/Divulgação Grupo IAG Saúde
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