Em abril deste ano, o Ministério da Saúde anunciou que mulheres grávidas e puérperas (mães de recém-nascidos com até 45 dias de vida) estão oficialmente inclusas no grupo de risco da Covid-19.
Embora não haja estudos conclusivos, a decisão foi tomada com base em evidências e conhecimentos já consolidados sobre o comportamento de outros coronavírus e vírus gripais, como o H1N1. Essas mulheres são mais vulneráveis a infecções devido à imunidade reduzida, e, por isso, fazem parte dos grupos de risco.
O quadro clínico observado em gestantes com Covid-19 é semelhante ao da população adulta geral. Sendo assim, o MS recomenda que o protocolo de diagnóstico e manejo seja o mesmo, e que nos serviços de saúde, incluindo atenção pré-natal e maternidades, deve ser instituída uma triagem de sintomas respiratórios e fatores de risco.
Uma vez que a infecção da gestante por Covid-19 é suspeita ou confirmada, o parto se torna crítico e desafiador.
Cuidados especiais devem ser tomados, como o monitoramento da progressão da doença materna e o status intrauterino do feto, a avaliação de indicação para cesariana, a preparação da sala de parto, a escolha do tipo de anestesia e o manejo do recém-nascido. Ou seja, um tratamento obstétrico eficiente é fundamental.
Em termos gerais, o que caracteriza um Parto Seguro?
O obstetra Frederico Peret, superintendente da Maternidade Unimed BH, explica que os conceitos fundamentais relacionados ao Parto Seguro são:
Com uma estrutura de mais de 100 leitos, a Maternidade Unimed BH é referência em assistência materno-infantil e em urgências obstétricas e ginecológicas, sendo responsável por 10% dos partos realizados na capital de Minas.
Na opinião de Peret, entregar valor em obstetrícia é prover a melhor experiência para a parturiente e trazer a criança em perfeito estado de saúde, com alta rápida, segura e eficiente para ambas – em última instância despertando para a sociedade indivíduos saudáveis e produtivos.
Parto normal X Cesariana
No IV Encontro Nacional DRG Brasil, Frederico Peret ressaltou que os DRGs mais prevalentes na instituição são de partos e cesarianas sem complicações (total de 68%). Ou seja, o perfil epidemiológico é de baixa complexidade, o que não significa que não haja assistência especializada à gestação de alto risco.
Dados do Analytics de 2019 mostraram que o tipo de parto previsto foi maior na modalidade normal (62,84%). Em contrapartida, a eficiência operacional do parto cesárea mostra registros de permanência, incidência de condições adquiridas e taxa de reinternações maiores do que o parto vaginal, desmistificando que cesarianas são eventos de baixo risco e elevado desempenho econômico.
A utilização do DRG Brasil possibilita, segundo Peret, melhorar a jornada hospitalar da mãe e do bebê; efetuar a continuidade do cuidado adequado pós-alta a fim de evitar eventos adversos; desenvolver protocolos e linhas de cuidado; e realizar a gestão do corpo clínico por meio da comparação de resultados individuais dos obstetras.
Em resumo, o DRG Brasil é uma ferramenta validada, que traz dados estruturados para a melhoria da eficiência assistencial, sendo um verdadeiro instrumento de governança clínica do parto e entrega de valor para o cliente, conclui o médico.
Assista à palestra completa do Dr. Frederico Peret, e saiba mais sobre os atributos que um Parto Seguro deve apresentar:
Em breve voltaremos com mais dicas e recursos do DRG Brasil para ajudar as organizações de saúde a combater a pandemia da Covid-19.
#VamosJuntos.
Equipe DRG Brasil
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