Gestão da Qualidade

Hospital Geral Unimed Ponta Grossa melhora resultados assistenciais na linha de cuidado de Assistência a Pacientes com Sepse

DRG Brasil
Postado em 29 de maio de 2024 - Atualizado em 5 de junho de 2024

O Hospital Geral Unimed Ponta Grossa é classificado pelo Índice Valor Saúde Brasil (IVSB) como líder na linha de cuidado de Assistência a Pacientes com Sepse devido ao amadurecimento da gestão assistencial proporcionado pelo uso da plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil + Inteligência Artificial. 

Em 2016, a instituição implantou algumas ações para alcançar esse resultado, como a elaboração do Protocolo de Sepse, atrelado a indicadores de desfecho e treinamento da equipe no atendimento a pacientes com septicemia. Veja alguns dos resultados alcançados:

  • Entre janeiro de 2022 e agosto de 2023, houve uma redução na taxa de mortalidade por choque séptico;
  • Entre 2019 e 2023, a instituição conseguiu reduzir a permanência média de internação dos pacientes com sepse, que passou de 8,7 dias para 8,2 dias.

Confira mais detalhes desta história de sucesso no case apresentado pela Viviane Zeny,

Gerente de Gestão Clínica do Hospital Geral Unimed Ponta Grossa, na Jornada Valor em Saúde Brasil 2023.

https://www.youtube.com/watch?v=BEbTCMGNBGA

Sobre a instituição

O Hospital Geral Unimed Ponta Grossa tem 92 mil beneficiários, 559 médicos cooperados e mais de 500 colaboradores. A estrutura do hospital conta com:

  • 134 leitos 
  • 18 leitos de alojamento conjunto maternidade
  • 7 salas cirúrgicas 
  • 1 sala cirúrgica de hemodinâmica
  • 10 leitos de UTI Adulto 
  • 10 leitos de UTI Neopediátrico 
  • Centro de Diagnóstico por Imagem
  • Laboratório próprio

Inaugurado em 2007, o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa se destaca pela sua gestão baseada em valor, utilizando a plataforma Valor Saúde Brasil para medir e monitorar os seus resultados de eficiência operacional. 

Com 16 cidades em sua área de abrangência, a instituição oferece serviços de excelência em diversas especialidades, como Obstetrícia, Cardiologia, Urologia, Ortopedia, Neurologia, Pediatria e Cirurgia Geral. 

Implantação do DRG Brasil na instituição

2016

Em 2016, o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa deu início às codificações no DRG Brasil.

2017

Já em 2017, a instituição realizou a integração dos dados assistenciais entre o sistema Tasy e o DRG.

2018

No ano de 2018, a instituição ampliou a equipe do DRG e deu início à codificação admissional. Outro marco foi a incorporação do Hospital Geral Unimed Ponta Grossa ao Projeto Alta Segura da Federação do Estado do Paraná.

2019

No ano seguinte, em 2019, o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa ajustou o DRG para fazer uma análise em cima do Percentil 25 para o paciente clínico e do Percentil 50 para o paciente cirúrgico.

2020

Logo no começo da pandemia, a instituição precisou remanejar parte da equipe do DRG para fazer o monitoramento da Covid-19, mas as codificações não pararam. Em 2020, teve início o pagamento da bonificação com base em indicadores do DRG.

2021

Em 2021, houve o aperfeiçoamento da gestão do DRG baseado em custos.

2022

Por fim, em 2022, a instituição conseguiu um painel de custos vinculados ao DRG pelo Núcleo de Informação em Saúde (NIS).

Reconhecimentos

Em setembro de 2022, o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa conquistou o nível ouro no programa de qualificação de hospitais da Unimed Paraná. Já no mês de junho, a Unimed Ponta Grossa venceu o desafio DRG 2021.

Protocolo de Sepse

O Protocolo de Sepse foi estabelecido no Hospital Geral Unimed Ponta Grossa em 2016. Entre as ações de implantação, destaca-se a capacitação do corpo clínico médico e da equipe assistencial, como treinamentos e cursos sobre o programa de sepse.

Além disso, a instituição disponibilizou lembretes de acionamento do Protocolo de Sepse nos computadores das áreas assistenciais, bem como videoaulas sobre o programa para a equipe assistencial e para os médicos, e também elaborou o protocolo de deterioração clínica. 

Os três pilares da linha de cuidado de Assistência a Pacientes com Sepse são:

  1. Detecção precoce dos casos de sepse;
  2. Tratamento adequado dos casos de sepse;
  3. Educação continuada dos profissionais envolvidos no atendimento dos pacientes com sepse.

Rotina

Entre as ações de rotina do programa de sepse, encontram-se:

  • Gerenciamento de indicador de taxa de adesão ao protocolo de suspeita de sepse pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH);
  • Avaliação pela equipe do Stewardship na auditoria de antimicrobianos dos protocolos;
  • Divulgação mensal dos indicadores do processo e da eficácia do Protocolo no Time de Sepse, realizada pela CCIH, para líderes assistenciais, equipe multidisciplinar, colaboradores chave e médicos do corpo clínico.

Desafios

Confira alguns desafios enfrentados na linha de cuidado de Assistência a Pacientes com Sepse:

  • Identificação precoce dos sinais e sintomas da sepse;
  • Prescrição de antibiótico na primeira hora de atendimento;
  • Solicitação de exames complementares e culturas para confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento antibiótico mais adequado;
  • Ressuscitação volêmica para restaurar a perfusão tecidual e evitar o choque séptico;
  • Monitoramento contínuo dos parâmetros clínicos e laboratoriais para avaliar a resposta ao tratamento e detectar possíveis complicações;
  • Prevenção de infecções associadas à assistência, por meio de medidas de higiene, isolamento, uso racional de antimicrobianos e controle de surtos.

Para superar a dificuldade de identificação precoce dos sintomas de sepse, realização de exames e gerenciamento de antibiótico, a instituição definiu, previamente, os exames a serem realizados, bem como os antibióticos que podem ser escolhidos conforme o foco infeccioso. Os médicos têm acesso a essas informações quando o Protocolo de Sepse é aberto.

Em relação às medidas de prevenção, a CCIH do Hospital Geral Unimed Ponta Grossa realiza um excelente trabalho de higienização das mãos, cultura de vigilância e análise de antibióticos junto à farmácia clínica.

Oportunidades

Como oportunidades na linha de cuidado de Assistência a Pacientes com Sepse, o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa identificou a utilização de protocolos clínicos baseados em evidências científicas, que padronizam as condutas terapêuticas e reduzem desfechos clínicos desfavoráveis.

Outra oportunidade identificada foi a implementação de ferramentas tecnológicas, como a plataforma Valor Saúde Brasil, que permite medir e monitorar os resultados de eficiência e desfechos dos pacientes com sepse.

Resultados alcançados pela instituição

Entre janeiro de 2022 e agosto de 2023, o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa alcançou taxas de adesão ao Protocolo de Sepse acima e abaixo da meta estabelecida. Quando essa taxa ficou abaixo da média, a instituição realizou ações para capacitar a equipe em relação ao programa de sepse. 

Quanto às taxas de Sepse Confirmada x Protocolo Conduzido, entre janeiro de 2022 e agosto de 2023, houve um aumento da melhora na condução do Protocolo de Sepse. A partir da análise da CCIH de todas as suspeitas, foram separados os casos confirmados. Para concluir se o protocolo foi conduzido adequadamente, levou-se em consideração a realização de exames, bem como a aplicação dos antibióticos no tempo correto.

Além disso, no mesmo período, houve uma redução na taxa de mortalidade por choque séptico, que se manteve em 11% no ano de 2023. Também em 2023, a instituição registrou 77 altas de pacientes com sepse e 632 diárias realizadas, com uma permanência média de 8,2 dias e Case Mix de 2,6088. 

Em uma comparação com o ano de 2019, houve uma diminuição na média de diárias realizadas, que foi de 8,7 (2019) para 8,2 (2023). A média de ineficiência foi igual a 83% para pacientes com DRG Clínico de Sepse Confirmada em 2023.

Desafios superados

Com todas as ações mencionadas, o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa conseguiu superar os seguintes desafios na linha de cuidado de Assistência a Pacientes com Sepse:

  • Elaboração do protocolo de Sepse e Deterioração Clínica;
  • Reorganização do Time de Sepse para participação efetiva do corpo clínico, com reuniões mensais para apresentação de dados;
  • Intensificação da busca ativa da sepse nas reuniões multidisciplinares, a fim de realizar o diagnóstico precoce de todos os pacientes, incluindo aqueles que já se encontram internados;
  • Ajustes de parametrização do protocolo dentro do sistema Tasy;
  • Revisão do protocolo e fluxo de acionamento a suspeita de sepse no pronto-atendimento (PA).

Para o futuro, o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa pretende manter a ação contínua de capacitação da equipe assistencial e dos médicos sobre o Protocolo de Sepse. Além de melhorar a metodologia de abertura do protocolo e elaborar um programa de neopediatria para disponibilização no sistema Tasy.

Assim como o Hospital Geral Unimed Ponta Grossa, hospitais de todo o Brasil estão alcançando resultados positivos com o apoio da plataforma Valor Saúde Brasil powered by DRG Brasil + Inteligência Artificial. Confira depoimentos de alguns deles:

https://www.youtube.com/watch?v=48O9I_0H_M0&t=144s

Se você quiser saber mais sobre a ferramenta, fale com um dos nossos especialistas! 


Imagem: pixs4u via iStock

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