Os custos em saúde vem aumentando e muito.
Neste cenário, é preciso reduzir desperdícios assistenciais, já que a ineficiência no uso dos recursos de saúde é um desafio global significativo que afeta diretamente os sistemas de saúde e os resultados para os pacientes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que entre 20% e 40% dos gastos totais em saúde são desperdiçados devido à ineficiência.
Ou seja, este desperdício pode resultar em cuidados subótimos e, em alguns casos, até mesmo em danos aos pacientes.
Portanto, a melhoria dos custos em saúde e eficiência se tornam uma prioridade política, especialmente em sistemas de saúde que enfrentam restrições severas de recursos.
Hoje, os hospitais são componentes essenciais dos sistemas de saúde e consomem aproximadamente 50% dos custos em saúde.
No Brasil, de acordo com dados de 2019, entre 42,5% e 49,5% dos gastos com saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde suplementar são destinados a eventos hospitalares.
Ou seja, estes números destacam a importância de melhorar a eficiência hospitalar para reduzir desperdícios assistenciais e maximizar a qualidade do cuidado.
Falando sobre a gestão dos custos em saúde, a ineficiência hospitalar é um problema presente em diversos países, independentemente do nível de desenvolvimento econômico.
Globalmente, estima-se que cerca de 300 bilhões de dólares sejam perdidos anualmente devido a ineficiências nos recursos hospitalares.
Estes desperdícios dos recursos da saúde podem ser atribuídos a aspectos técnico-operacionais e à economia de escala.
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Entre as várias fontes estudadas para reduzir desperdícios assistenciais, a permanência hospitalar além do tempo necessário para o tratamento seguro do paciente é uma das que apresenta maior potencial de redução.
Estima-se, entretanto, que quase metade das diárias hospitalares preveníveis esteja associada à ineficiência no uso dos leitos hospitalares.
Ou seja, as causas dessas ineficiências podem ser tanto internas aos hospitais (falhas no planejamento e/ou na execução de processos), quanto externas a ele (falhas na coordenação dos cuidados pelo gestor do sistema, seja público ou privado).
Melhorar a economia no SUS e a eficiência hospitalar requer intervenções que considerem tanto o ambiente interno quanto o externo dos hospitais.
A localização geográfica, a modalidade remuneratória, o porte e o grau de especialização dos hospitais são fatores que influenciam diretamente a eficiência dos serviços prestados.
No entanto, os efeitos dessas variáveis da redução de custos hospitalares não são definitivos e podem variar de acordo com o contexto.
Os hospitais brasileiros apresentam uma diversidade significativa em termos de porte, especialização e localização geográfica.
A maioria dos hospitais no Brasil é de pequeno a médio porte, com menos de 150 leitos, e muitos estão localizados em áreas urbanas, particularmente nas regiões Sudeste e Nordeste.
No entanto, há também uma grande quantidade de hospitais de menor porte situados em áreas rurais, que enfrentam desafios únicos, como a escassez de recursos e dificuldades de acesso a serviços especializados.
Os hospitais brasileiros variam amplamente em termos de capacidade tecnológica e especialização clínica.
Enquanto alguns hospitais em grandes centros urbanos são altamente especializados e bem equipados, muitos hospitais em áreas menos desenvolvidas carecem de infraestrutura adequada, o que limita a sua capacidade de oferecer cuidados de alta complexidade.
Esse perfil heterogêneo influencia diretamente o desempenho hospitalar e a eficiência no uso dos recursos, especialmente dos leitos hospitalares.
O desempenho dos hospitais brasileiros é variável e depende de diversos fatores, incluindo a eficiência na gestão dos recursos, a qualidade da infraestrutura, o treinamento dos profissionais de saúde e a integração com outros níveis de atenção.
Dados indicam que muitos hospitais ainda operam abaixo de seu potencial em termos de eficiência e qualidade do cuidado.
Em suma, ao que se reflete em indicadores como o tempo médio de permanência, a taxa de ocupação e a taxa de mortalidade ajustada.
Muitos hospitais enfrentam desafios operacionais significativos, como a falta de padronização nos processos clínicos e administrativos.
Isso pode levar a variações indesejadas na prática clínica e a ineficiências na utilização dos recursos.
Ou seja, estes são métodos para otimizar recursos médicos e reduzir desperdícios.
Por exemplo, a ausência de protocolos bem definidos para a admissão e alta de pacientes pode resultar em internações prolongadas ou em altas precoces inadequadas.
Isso impacta negativamente os desfechos clínicos e aumentando os custos em saúde.
Entender a estrutura dos custos hospitalares é essencial para avaliar a eficiência operacional e a sustentabilidade dos hospitais.
No contexto hospitalar, os custos em saúde e despesas representam diferentes aspectos do consumo de recursos e da economia em saúde.
Custos em saúde referem-se à expressão monetária do consumo de recursos diretamente relacionados à assistência ao paciente, como materiais médicos e salários de profissionais de saúde.
Por outro lado, despesas estão associadas a custos indiretos, como administração e manutenção, que ocorrem após o atendimento direto ao paciente.
Os custos em saúde de hospitais podem ser classificados em fixos e variáveis:
Além disso, os custos em saúde podem ser diretos ou indiretos:
As estratégias de economia em saúde e a estrutura de custos hospitalares no Brasil revela que os hospitais são intensivos em capital, com uma grande parte dos custos sendo fixa.
Isso significa que, para gerar a otimização de recursos médicos e eficiência, os hospitais devem focar em melhorar a utilização dos leitos e reduzir as estadias prolongadas que não são clinicamente justificadas.
Por fim, hospitais que conseguem aumentar a ocupação sem aumentar proporcionalmente os custos fixos podem melhorar significativamente sua eficiência e reduzir os custos por paciente atendido.
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Imagem: rawpixel by freepik
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