Modelo Assistencial

Qual é a relação entre gestão de custos hospitalares e melhores resultados assistenciais?

DRG Brasil
Postado em 11 de janeiro de 2021 - Atualizado em 28 de setembro de 2023

Um dos maiores desafios da área de Saúde é a gestão de custos hospitalares. O controle dos desperdícios é essencial para manter a sustentabilidade das instituições e de todo o sistema, mas deve ser feito de maneira estratégica, afinal, ele interfere até mesmo na percepção dos pacientes.

Nesse sentido, é muito importante entender como esse gerenciamento gera impactos e como ele afeta a assistência em saúde. Assim, é possível conduzir todo o processo de maneira muito mais adequada.

Pensando nisso, veja qual é a relação entre gestão de custos hospitalares e resultados assistenciais, a fim de entender como colocar tudo em prática!

O que são e quais são os custos hospitalares?

Os custos hospitalares correspondem ao valor de todos os recursos e insumos que são utilizados para manter a estrutura e realizar os atendimentos de pacientes em diferentes condições.

Eles podem se dividir, primariamente, entre diretos ou indiretos. Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente associados aos atendimentos, mas que influenciam a experiência do paciente. Os pagamentos de fornecedores e de áreas de apoio (como Limpeza e Alimentação), por exemplo, podem entrar nessa conta.

Já os custos diretos estão atrelados ao atendimento específico ao paciente. Então, podem envolver desde os insumos utilizados e procedimentos realizados ao custo por diária hospitalar.

Por que fazer a gestão de custos estratégica na Saúde?

A gestão de custos hospitalares é essencial para garantir um bom aproveitamento dos recursos. No entanto, não é suficiente acompanhar os gastos e atuar para torná-los menores.

É necessário ir além e considerar como cada decisão impacta a atuação em saúde, como a assistência é afetada e de que forma tudo se alinha aos objetivos estratégicos da instituição. Assim, por meio dessa atuação estruturada, é possível superar desafios e alcançar resultados melhores.

Para entender melhor por que essa gestão deve ser realizada, veja o que a sua execução correta pode evitar!

Precificação errada de serviços

Pensando na remuneração, é necessário estabelecer corretamente os valores de insumos e serviços. Isso garante que a operadora realize o correto reembolso, evitando a ocorrência de glosas, por exemplo.

Porém, isso só é possível quando se conhece todos os custos hospitalares. Sem um gerenciamento efetivo, os serviços podem ser precificados acima ou abaixo do valor adequado, o que poderá gerar problemas, como questionamentos ou mesmo prejuízos por serviço.

Desperdício de dinheiro

A gestão de custos hospitalares serve também para identificar quais são os principais gargalos financeiros. Afinal, há despesas fixas ou variáveis, diretas ou indiretas que podem estar incorretamente dimensionadas. Sendo assim, há um desperdício de dinheiro.

A menos que esses elementos sejam identificados, a saída excessiva continuará acontecendo. Isso compromete o orçamento hospitalar e impede que seja possível aproveitar outras oportunidades melhores com o uso dos recursos.

Realização desnecessária de procedimentos complexos

Quando não há um acompanhamento preciso dos custos, pode ocorrer de procedimentos complexos serem realizados de maneira desnecessária. Além de contribuir para o desperdício financeiro, trata-se de uma situação que impacta a eficiência da assistência em geral.

Afinal, um atendimento focado no paciente e com mais qualidade poderia atuar de maneira preventiva para evitar gastos desnecessários, como agravamentos de quadro, prolongamento de internações ou readmissões. Manter os gastos sob controle, por outro lado, pode ajudar nesse sentido.

Ineficiência operacional

De modo geral, o desconhecimento quanto à parte financeira custa caro, também, em termos de produtividade e atuação. Inclusive, é isso que faz com que o custo de um leito hospitalar brasileiro seja quase 30% maior que um norte-americano.

Por outro lado, uma atuação estratégica ajuda na identificação de oportunidades para melhorar a qualidade do atendimento, possibilitando realizar um gerenciamento de leitos apropriado e adequar a permanência do paciente internado àquela necessária ao tratamento — assim, a produtividade e a eficiência são otimizadas. Como consequência, não são apenas os gastos que sofrem melhorias.

Quais são os impactos na percepção do paciente?

médica ajuda paciente a se mover com andador, revelando o impacto da gestão de custos hospitalares no resultados assistenciais

Ainda que pareça um processo estritamente interno, a gestão de custos hospitalares pode afetar os pacientes — e isso requer ainda mais atenção. Afinal, se ela não for realizada corretamente pode prejudicar a experiência do paciente e a sua percepção.

Imagine um gerenciamento de custos que é feito sem estrutura e que, portanto, elimina partes importantes do processo de assistência. O foco no paciente, na sua saúde e no seu bem-estar deixa de existir. Como consequência, o atendimento perde qualidade e há mais insatisfação.

Por outro lado, considere um gerenciamento que é focado em aspectos relevantes e que, portanto, considera as principais necessidades de um bom atendimento. Com isso, é possível aumentar a eficiência, a qualidade e, assim, melhorar a percepção não só do paciente, mas, também, dos familiares e acompanhantes.

Como gerenciar os custos de forma mais adequada?

Para que a gestão de custos hospitalares realmente entregue resultados positivos, é necessário começar com um bom mapeamento de processos e de suas despesas. Isso permite entender onde estão os maiores gastos e quais são os gargalos principais. Com isso, há como priorizar para evitar desperdícios.

Feito o diagnóstico inicial, deve-se partir para um planejamento estratégico. Além de diagramas, gráficos e ferramentas de análise, convém elaborar um orçamento hospitalar. Assim, é possível distribuir os recursos entre os centros de custos.

A implementação das mudanças deve acontecer de modo planejado e efetivo para que entregue os melhores resultados. Sendo assim, é necessário estabelecer indicadores de acompanhamento e metas para lidar com os gastos em questão.

Também é indispensável considerar o papel da tecnologia e de recursos de governança clínica. O uso da plataforma Valor em Saúde Brasil, powered by DRG Brasil, é uma excelente alternativa. Por meio dela, é possível ter mais previsibilidade de custos e desfechos e, assim, saber como direcionar melhor os recursos.

Também é um jeito de fazer a gestão de risco 4P: preditiva, preventiva, personalizada e participativa. Por um lado, é uma forma de reduzir desperdícios e distribuir melhor os recursos disponíveis, por outro, também é uma metodologia que ajuda a garantir resultados assistenciais melhores.

A gestão de custos hospitalares deve ser feita de maneira estratégica, prática e funcional. Desse modo, é possível atuar para que não apenas os desperdícios sejam contidos e revertidos, como para melhorar a assistência ao paciente e a sua percepção do serviço prestado. No final, é uma solução eficaz para aumentar a entrega de valor em saúde.

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