Modelo Assistencial

Opções para o SUS

DRG Brasil
Postado em 17 de dezembro de 2019 - Atualizado em 28 de setembro de 2023

Ferramenta que mostrou desperdício em hospitais mineiros é exemplo na escassez.

0
Hospital da Unimed, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. (Foto: Alexandre Rezende/Folhapress)

As restrições fiscais que o Estado brasileiro enfrenta não desaparecerão tão cedo. Nos anos de vacas magras que teremos pela frente, as pressões de uma população que envelhece sobre o sistema público de saúde serão agravadas. 

Em tal cenário, melhoras de gestão são vitais — e, dada a desorganização do SUS, esse se mostra um caminho dos mais promissores.

Um bom exemplo, reportado pela Folha, é a iniciativa de planos de saúde, hospitais e gestores de Belo Horizonte de adotar uma ferramenta gerencial que permite identificar problemas e tomar as providências para combatê-los.

Em 2011, o Grupo IAG Saúde adaptou para o Brasil a plataforma DRG (Diagnosis Related Groups), que cruza dados assistenciais e econômicos, possibilitando a comparação de custos e resultados.

Desde então, a DRG, que começou a ser usada nos anos 1980 nos Estados Unidos e na Europa, vem sendo implantada paulatinamente por instituições privadas e públicas na capital mineira.

Um estudo feito a partir dos dados já disponíveis na ferramenta permitiu identificar falhas diversas que levaram, num período de 12 meses, a 679 mil diárias hospitalares desnecessárias —assustadores 37,7% do total. Os gestores tentam agora tapar essas brechas.

A rigor, nem se necessita de algoritmos sofisticados para avançar. Um administrador que consiga reduzir à metade o tempo médio de internação, meta factível a depender do perfil da unidade, na prática dobra a sua capacidade.

Bônus extra: menos tempo no hospital significa também menor risco de contrair infecções resistentes, cujo tratamento é caro e que por vezes se mostram fatais.

Os ganhos potenciais não estão limitados ao óbvio. Há grande espaço para aperfeiçoar o sistema de remuneração —o ideal seria trocar a prática do pagamento por procedimento pela do pagamento por resultado. Com isso, o sistema ofereceria incentivos financeiros à eficiência e não ao desperdício.

Outro ponto importante é a lógica organizacional. Hoje, prefeitos se mobilizam para que suas cidades tenham hospital próprio ou equipamentos sofisticados. Para o sistema, trata-se de um desvario: hospitais de máxima eficiência devem contar com pelo menos duas centenas de leitos.

Também o compartilhamento de unidades e aparelhos está, pois, entre os meios de aprimorar a saúde pública sem aumento de verbas.

Fonte: Folha de São Paulo.

Posts Relacionados

Como a metodologia DRG Brasil contribui com as auditorias em saúde

Modelo Assistencial
29 de novembro de 2023
leia agora

Sustentabilidade Econômica: como alcançar em hospitais?

Modelo Assistencial
23 de novembro de 2023
leia agora

Implantação do DRG Brasil em 13 hospitais filantrópicos do ES 

Modelo Assistencial
21 de novembro de 2023
leia agora

(31) 3241-6520 | grupoiagsaude@grupoiagsaude.com.br

Creative Commons

Direitos autorais: CC BY-NC-SA
Permite o compartilhamento e a criação de obras derivadas. Proíbe a edição e o uso comercial. É obrigatória a citação do autor da obra original.


(31) 3241-6520 | grupoiagsaude@grupoiagsaude.com.br

Creative Commons

Direitos autorais: CC BY-NC-SA
Permite o compartilhamento e a criação de obras derivadas. Proíbe a edição e o uso comercial. É obrigatória a citação do autor da obra original.

Os Termos de Uso e a Política de Privacidade deste site foram atualizados em 05 de abril de 2021. Acesse:
© ‎Grupo IAG Saúde® e DRG Brasil ® - Todos os direitos são reservados.
Logo Ingage Digital