A gestão de riscos é inerente a todos os tipos de organização, em todos os níveis, como também a indivíduos – sejam da área da saúde ou qualquer outro campo de atuação. Assim, podemos considerar que a gestão de riscos se aplica:
A gestão de riscos tem como finalidade: o reconhecimento de oportunidade de ganho e de oportunidade de redução de perda, além de ser um elemento essencial da boa governança coorporativa.
A gestão de riscos envolve: o estabelecimento de uma infraestrutura gerencial e de estabelecimento de uma cultura.
O risco pode ser definido como: a exposição às consequências da incerteza e aos potenciais desvios do que foi planejado, podendo ser positivo ou negativo.
A palavra risco normalmente tem uma conotação negativa, como algo a ser minimizado ou evitado. Porém, os riscos podem estar relacionados tanto a resultados positivos quanto negativos. O gerenciamento de riscos pode ser aplicado para identificar e explorar oportunidades de melhorar os resultados organizacionais (risco positivo) assim como para reduzir a ocorrência e as consequências negativas (risco negativo).
A responsabilidade no gerenciamento do risco pode variar de organização para organização. Em algumas áreas, há divisões de responsabilidade entre aqueles que realizam o processo de identificação e análise dos riscos e aqueles que tomam decisões sobre a avaliação de riscos e a seleção das ações para lidar com os riscos identificados.
O direcionamento para a gestão de riscos é dado pela Alta Direção, mas deve ser uma gestão integrada. O gerenciamento deve ser incorporado aos processos, atividades e rotinas. A organização como um todo precisa ter meios de assegurar que a gestão de riscos esteja acontecendo de forma apropriada, alinhada ao Planejamento Estratégico, passando pelos seguintes passos:
Para o estabelecimento do contexto externo e interno pode ser realizada a análise SWOT (ou FOFA, em português), listando: S – strength/força; W – weakness/fraqueza; O – opportunities/oportunidades; T – threats/ameaças, sendo que o cenário interno é avaliado de acordo com suas forças e fraquezas, e o cenário externo pelas oportunidades e ameaças.
Os parâmetros internos incluem a estrutura organizacional, os objetivos da instituição, os recursos disponíveis, a cultura organizacional, as relações contratuais, entre outros. Os parâmetros externos incluem o ambiente cultural, legal, político, econômico, tecnológico (nacional e internacional), percepção, valores externos e tendências que podem impactar nos objetivos internos, entre outros.
As entradas para o estabelecimento do contexto são, portanto, a consulta às partes interessadas, o cenário externo e o cenário interno.
Além, disso, na matriz SWOT para gestão de riscos devem ser especificados:
Os aspectos que devem ser levados em consideração na análise SWOT são:
É importante lembrar que os riscos podem se manifestar em uma cadeia de causalidade. Ou seja, uma falha que ocorre em um determinado ponto de um processo pode vir a causar manifestações em pontos mais distantes de outros processos da organização ou até mesmo fora dela.
As vantagens de se fazer uma gestão de riscos – seja ela gerencial ou assistencial – são inúmeras. Podemos destacar a redução das surpresas; o melhor aproveitamento das oportunidades; a melhoria do planejamento, do desempenho e da eficácia, a otimização da economia e da eficiência; a melhoria das relações com as partes envolvidas; a maior qualidade das informações para a tomada de decisão; o aprimoramento da imagem organizacional; a proteção de diretores e gerentes; e a governança como um todo.
Vejamos um exemplo de risco positivo na área da saúde: Em uma mesma rede de prestadores hospitalares credenciados a uma operadora de planos privados de saúde, para um mesmo DRG, o Hospital A é o que tem a maior eficiência (isto é, o tempo de permanência hospitalar é igual ou menor do que o previsto para a complexidade assistencial). Além disso, os resultados do programa de segurança do paciente apresentados por ele são os melhores da rede. Então, o risco de complicações e de custos associados à assistência é menor no Hospital A quando comparado com o restante da rede. Ou seja, o Hospital A é um referencial para oportunidades de melhoria – é risco positivo.
Agora, um exemplo de risco negativo na área da saúde: O Hospital A identificou em seu planejamento estratégico a não implantação efetiva de linhas de cuidados como risco negativo. A análise de causa raiz mostrou que essa fragilidade se encontrava primariamente na capacitação que estava restrita a alguns dos profissionais envolvidos e na limitação de banco de dados eletrônicos gerados em seu sistema de informações. Por isso, havia dificuldade para a implantação do processo com requisitos de segurança. Entende-se que a partir de falhas na condução da linha de cuidado assistencial seria possível manifestar riscos à imagem do hospital e riscos financeiros (perda de receita e aumento de custo, incluindo passivos com processos legais).
Eventos adversos hospitalares são a 3ª causa de morte nos EUA e 5ª no Brasil. É evidente que a gestão de riscos é uma prioridade mundial!
A plataforma de valor em saúde DRG Brasil trabalha a Gestão de Riscos 4P, em que a tecnologia engaja o paciente, integra a família e toda a equipe multidisciplinar na contenção de riscos e trilha, junto a eles, o caminho para uma assistência eficaz. Essa metodologia é baseada na Medicina 4P e em técnicas de Inteligência Artificial, e funciona com base nas seguintes diretrizes:
Quer entender melhor como o DRG Brasil Inteligência Artificial atua na gestão de riscos assistenciais? Veja a apresentação do Hospital Santa Rita sobre como utilizar a informação associada à IA para nos ajudar ainda mais na entrega de valor ao paciente e facilitar o acesso aos leitos hospitalares.
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