A etapa de tratamento envolve a identificação e a análise das diversas opções para tratar os riscos, além da implementação de planos de gerenciamento. É para isso que serve uma Matriz de Gerenciamento de Risco. Leia o artigo e veja como começar!
O Gerenciamento de Risco é uma atividade essencial para a qualidade assistencial e a segurança do paciente. Aqui no Blog Valor em saúde já falamos sobre as etapas de análise de cenários e avaliação dos riscos com base na ISO 31000. Estes são os ciclos iniciais e cruciais para um gerenciamento de riscos efetivo.
Neste artigo vamos falar sobre a etapa de tratamento de riscos, que envolve a identificação das diversas opções para tratar os riscos, a análise e a avaliação dessas opções, e a preparação e implementação de planos de tratamento.
O tratamento de riscos envolve a elaboração de planos de ação para minimizar o risco e/ou sua consequência. Continue a leitura!
O tratamento planejado de riscos deve ser adequado à relevância do risco, levando em consideração seus custos e benefícios, e deve ser acordado com as partes interessadas. Além disso, é fundamental ter um profissional responsável designado para a coordenação de sua implementação.
O tratamento dos riscos pode envolver uma ou mais das seguintes condutas:
Em todos estes casos, as oportunidades geradas pela incerteza devem ser consideradas.
A seleção da opção deve:
O tratamento de riscos pode, em si, introduzir novos riscos, que precisarão ser identificados, analisados, avaliados, tratados e monitorados.
Os planos de tratamento devem ser integrados aos processos orçamentários e de gestão da organização. Existem diferentes tipos de tratamentos de riscos, que são as ações de correção, corretivas e de contingência. Entenda:
A análise crítica contínua é essencial para assegurar que o plano de gerenciamento de riscos se mantenha pertinente.
Deve incluir os impactos dos tratamentos na avaliação de desempenho organizacional, bem como as lições aprendidas com o processo de gestão de riscos, através da análise crítica dos eventos, dos planos de tratamento e de seus resultados.
Cada etapa do processo de gestão de riscos deve ser devidamente registrada. Todas as hipóteses, métodos, fontes de dados, análises, resultados e justificativas para as decisões devem ser registrados.
Lembre-se: os registros de tais processos são um aspecto importante da boa governança corporativa!
Um procedimento deve ser elaborado pela instituição, definindo as diretrizes para cumprimento das etapas necessárias à gestão de riscos. É importante compreender que há duas formas de realizar o gerenciamento de riscos, e que elas devem estar integradas:
Por processo: é o que todo setor deve ter, por meio da Matriz de Gerenciamento de Riscos — ver adiante).
Na estratégia: é sempre realizada no Planejamento Estratégico, para que seja possível alcançar os objetivos desejados.
É possível estabelecer uma matriz para a gestão dos riscos, utilizando as diretrizes da NBR ABNT ISO 31000. Esta matriz facilita o reconhecimento, o gerenciamento e a análise de efetividade das ações propostas.
Como se constrói uma matriz de gestão de riscos? Acompanhe o modelo e as definições abaixo. Cada item corresponde a uma coluna da matriz:
Refere-se ao conjunto de atividades interligadas executadas no setor que impactam na realização (sucesso) do objetivo do setor. É o nome do macroprocesso que o setor desenvolve. Exemplo: Assistência multidisciplinar ao paciente.
São as ações que ocorrem dentro do processo crítico. Devem ser listadas conforme descrito no Mapa de Processo, na coluna “Principais atividades”.
É o processo de busca, reconhecimento e descrição de riscos. É a identificação das possíveis falhas que podem ocorrer na execução das tarefas relacionadas ao processo crítico e/ou atividade crítica que estiver sendo analisado. Estas falhas podem estar associadas ao descumprimento dos requisitos da Cadeia Cliente Fornecedor.
A identificação das causas possui dois elementos:
Referem-se ao desenvolvimento da compreensão do risco, fornecendo informações para que se decida como os riscos devem ser tratados e quais as estratégias de tratamento mais adequadas e econômicas.
Esta etapa do tratamento de riscos contém sete abordagens:
São as barreiras/ações empregadas para se evitar que a falha ocorra. São identificados os processos, dispositivos ou práticas existentes que atuam para minimizar os riscos. Exemplos de controles: planilhas, funcionalidades de sistema informatizado, alertas, alarmes.
É o que mede a ocorrência da falha. Neste item será inserido o nome do indicador que está relacionado a falha identificada.
Envolve a identificação das diversas opções para tratar os riscos, a análise e a avaliação dessas opções, a preparação e a implementação de planos de ação. O tratamento é dado observando-se a tabela de prioridades de ações, de acordo com a multiplicação da gravidade e da probabilidade.
Agora você já viu como começar a construir a Matriz de Gerenciamento de Riscos para executar a etapa de tratamento de riscos!
É importante reforçar que, para realizar um gerenciamento de riscos eficiente, focando a segurança do paciente com elevada entrega de valor em saúde, é absolutamente necessário contar com uma plataforma que transforme todo o volume de dados de saúde da instituição em informações.
Informações fidedignas, que por sua vez levam a conhecimentos com capacidade de gerar mudanças através de um efetivo programa de segurança do paciente.
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Direitos autorais: CC BY-NC-SA
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