Modelo Assistencial

O Dia da Imunização e a sua importância para o sistema de saúde

DRG Brasil
Postado em 9 de junho de 2022 - Atualizado em 28 de setembro de 2023

O Dia da Imunização tem o objetivo de alertar a população para os benefícios de um esquema vacinal completo, para garantir a erradicação de doenças e contribuir para melhor prevenção e promoção da saúde.

No dia 9 de junho, acontece o Dia da Imunização, data criada para reforçar à população a necessidade de se manter a regularidade das principais vacinas, evitando assim a proliferação de doenças e a contração de enfermidades. Dessa forma, reforça-se o papel de cada indivíduo na contribuição para a assistência à saúde.

As vacinas foram e são um dos maiores divisores de água da história da medicina. Graças a elas, conquistamos a erradicação de diversas doenças graves, melhoramos a expectativa de vida da população mundial e reduzimos taxa de mortalidade.

Com a vacinação em dia, as pessoas têm um risco muito menor de sofrer complicações e óbitos devido a doenças infecciosas, como a caxumba, a poliomielite, a gripe e a Covid-19.

As primeiras evidências da eficácia da vacina foram encontradas há mais de 200 anos. No século XVIII, o médico Edward Jenner começou a aplicar o vírus da varíola bovina em indivíduos saudáveis — em uma empreitada considerada, na época, antiética. Com isso, identificou uma proteção cruzada contra o vírus da varíola humana. O termo vacina deriva justamente de Variolae Vaccinae, nome científico dado à varíola bovina.

Na virada do século, a atenção ao tema foi difundida devido à proliferação de casos graves de doenças como a cólera aviária e o carbúnculo, responsáveis pelas primeiras produções de imunizantes em massa.

Desde então, com o apoio da tecnologia e das inovações em saúde, o processo de imunização evoluiu bastante, tornando-se muito mais eficaz e seguro. Quer entender melhor? Acompanhe!

O contexto histórico nacional

O Brasil está na vanguarda mundial em relação à imunização como estratégia de saúde pública e coletiva. O protagonismo dessa estratégia de prevenção se iniciou, principalmente, devido ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 18 de setembro de 1973.

Ele se insere dentro do contexto de fortalecimento da vigilância em saúde por meio da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. Além do PNI, outras medidas foram propostas, como a notificação compulsória de doenças e a criação de órgãos públicos de vigilância sanitária.

O PNI estabelece que os serviços públicos e privados possuem o dever de cooperar para a difusão da imunização para todas as pessoas em todo o território nacional.

A homologação da data no Brasil

O Dia da Imunização, hoje, é uma das ações propostas pelo Programa Nacional de Imunização. Essa data foi criada para estimular a vacinação na população brasileira. Portanto, faz parte de um esforço para a redução de riscos relacionados a doenças imunopreveníveis, como:

●      caxumba;

●      sarampo;

●      tétano;

●      gripe;

●      Covid-19. 

No Dia da Imunização, o Governo e os entes privados de saúde são convidados a promover iniciativas que mostrem a importância da vacinação para o sistema de saúde. Para isso, é importante apresentar os benefícios tanto para o indivíduo quanto para a sociedade.

Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece à população uma grande variedade de imunizantes, sendo quase todos eles produzidos em solo brasileiro e distribuídos nas mais de 34 mil salas de vacinação espalhadas por todo o país — impactando pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais.

A imunização e a Covid-19

Vivemos recentemente uma das maiores provas da importância das vacinas como estratégia de saúde individual e coletiva. O alerta acendido pela alta de casos de pneumonia em Wuhan resultou na descoberta de uma nova cepa de coronavírus, ainda inédita em seres humanos — os modelos já identificados de coronavírus raramente causavam doenças graves, além de resfriados comuns.

O cenário foi desastroso: nomeado como SARS-CoV-2, o vírus trouxe a proliferação de uma doença de transmissão respiratória que provocou mais de 2 milhões de óbitos em todo o mundo, sendo mais de 600 mil deles somente no Brasil.

Sem dúvidas, a ausência de uma vacina segura e eficaz elevaria muito esses números. Possivelmente, até hoje, estaríamos vivendo as restrições da pandemia e todos os impactos que elas trazem para o bem-estar das pessoas e para a economia. No próximo Dia da Imunização, é muito importante nos lembrar dessa vitória que as vacinas proporcionaram contra a Covid-19. 

O esforço para a criação de uma vacina em menos de dois anos foi uma das maiores conquistas científicas da história da humanidade. Por exemplo, dois novos mecanismos de vacina foram utilizados pela primeira vez fora das pesquisas científicas:

 ●   a vacina de mRNA, que utiliza um mecanismo molecular inovador para a produção de antígenos virais por nossas células;

●   a vacina de vetor viral, a qual inseriu antígenos do SARS-CoV-2 em um tipo de adenovírus que não causa doença em humanos.

Potencialmente, nos próximos anos, poderão ser criados novos imunizantes com essas tecnologias a fim de melhorar ainda mais o nosso combate às infecções graves.

O papel da coletividade no processo de vacinação

Antes da Covid-19, as pessoas geralmente estavam atentas aos benefícios individuais de se vacinar. Popularmente, a imunização era vista como uma medida que tomamos para evitar doenças futuras.

No entanto, a pandemia tornou claro o papel coletivo da vacinação, — sua importância para a segurança do paciente. Uma pessoa infectada pode transmitir os microrganismos para outras e comprometer a saúde de grupos mais vulneráveis, por exemplo.

Ao estimular uma resposta mais ágil e eficaz do sistema imunológico, a vacina reduz a probabilidade e o tempo de transmissibilidade. Com isso, é possível desacelerar ou interromper o curso de transmissão.

Assim, tornaram-se muito populares termos como a imunidade de rebanho. De acordo com esse conceito, quando o número de pessoas imunizadas contra um microrganismo atinge números elevados, é possível mitigar uma epidemia. Em outras palavras, as pessoas vacinadas são uma barreira contra a difusão de infecções.

A importância da imunização para a segurança do paciente

Quanto mais as instituições de saúde falarem sobre a imunização e sua importância individual/social no Dia da Imunização, mais protegida a população estará.

Com seus usuários imunizados, os planos e sistemas de saúde ficarão menos sobrecarregados com internações por formas graves dessas infecções. Além disso, pode-se reduzir a disseminação de infecções em ambientes de assistência a doentes graves (como as UTIs), cujas complicações causam uma elevada morbidade e mortalidade. Assim, os recursos poderão ser destinados para outras condições mais desafiadoras.

Os impactos da imunização e o seu papel no futuro

Veja como alguns cenários estão se desenhando para o papel da imunização.

Pesquisa clínica e desenvolvimento no universo pós pandemia

Dentre as heranças da pandemia, ficou em evidência a necessidade — e capacidade — de mobilização por parte da comunidade científica, institutos de pesquisa e instituições de saúde, em se reunir em prol da realização de estudos mais robustos, e que, felizmente, resultaram em uma diversidade de tratamentos e vacinas contra a Covid-19.

Com a necessidade de uma solução veloz para o problema, usou-se, como nunca antes, a tecnologia e ferramentas digitais para conectar pacientes, médicos, pesquisadores e a indústria farmacêutica, de modo geral, para dar celeridade ao desenvolvimento do imunizante, mantendo o rigor científico e as normas éticas.

Para a comunidade científica destacou-se a descoberta do uso da mRNA — uma tecnologia que, até então, nunca tinha sido aprovada para uso humano — em vacinas, com sucesso. O processo tido como desafiador e arriscado deu certo, servindo como insumo para as vacinas de grandes laboratórios, e abrindo portas para uma enorme gama de tratamentos que virão a ser estudados utilizando-se dessa tecnologia.

Imunização como estratégia de saúde de valor

Os planos de saúde poderão mudar o olhar em relação aos imunizantes, inserindo-os dentro de estratégias de valor para:

●      contribuir para a qualidade assistencial dos serviços de saúde;

●      oferecer ao paciente uma experiência positiva;

●      reduzir a sinistralidade.

Aliada à transformação digital do setor, a imunização pode trazer resultados excelentes. Com aplicações de inteligência artificial, pode-se otimizar a eficiência das estratégias de promoção de saúde e de prevenção de agravos. Por exemplo, elas podem ser empregadas para estimar riscos individuais ou grupos vulneráveis — é possível identificar as pessoas e grupos com maior risco de formas graves de infecções imunopreveníveis.

A partir disso, podem elaborar ações direcionadas à oferta de imunizantes para pacientes com maior risco de hospitalização futura. O Dia da Imunização pode ser utilizado estrategicamente nesse sentido. Alguns estudos já mostram que essa medida é custo-eficiente, além de promover a qualidade de vida. 

Com isso, deste momento em diante, o Dia da Imunização deve ser visto com outros olhos e bastante cuidado. É uma data estratégica para reforçar a confiança das pessoas em uma das ações de saúde mais efetiva: a vacinação.

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