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Modelo Remuneratório

Conheça as 4 leis da transformação do sistema de saúde brasileiro

DRG Brasil
Postado em 13 de agosto de 2020 - Atualizado em 5 de outubro de 2020

“Sei que as coisas são complicadas. Mas ao mesmo tempo simples. Elas se complicam à medida que se tem medo da simplicidade – porque esta simplicidade deseja o fato em si, a verdade.”

Clarice Lispector

A situação atual em que vivemos, em meio a uma pandemia e uma crise de saúde sem precedentes, demanda mais do que nunca a maximização dos recursos disponíveis, melhorando a eficiência hospitalar por meio de melhores práticas assistenciais que de fato entreguem valor.

E isso só será possível se criarmos as condições necessárias para simplificar e acelerar a mudança do modelo assistencial e remuneratório em direção a formatos baseados em valor com foco na qualidade do cuidado e no controle do desperdício.

Para termos conceitos importantes sempre em mente, criamos as 4 Leis da Transformação do Sistema de Saúde Brasileiro. Anote aí!

Primeira lei da transformação:

Os recursos são finitos e as necessidades de saúde das pessoas são infinitas.

Segunda lei da transformação:

Os recursos para sustentabilidade estão no controle do desperdício pelo aumento da qualidade assistencial.

Terceira lei da transformação:

A restrição ao usuário de acesso e uso à medicina de qualidade não traz sustentabilidade. Esta lei só precisou ser enunciada porque muitas vezes o óbvio não é visto.

Quarta lei da transformação:

A transformação do modelo assistencial só ocorre com a transformação do modelo remuneratório e a recíproca é verdadeira.

Mas por que é necessário transformar o modelo remuneratório e assistencial da saúde brasileira?

Para garantir qualidade assistencial e sustentabilidade ao sistema de saúde com a entrega de valor. No modelo remuneratório brasileiro quanto pior a qualidade assistencial de um prestador maior serão suas receitas. Paradoxal, mas verdadeiro.

Este velho e conhecido modelo remuneratório brasileiro se chama “fee-for-service”. Remunera o procedimento e o consumo de recursos do prestador de serviços independente do benefício assistencial gerado. O prestador que desperdiça recursos (diárias, materiais hospitalares, medicamentos, exames etc.) tem maior receita do que o prestador que gerencia a assistência controlando desperdícios.

Os prestadores de serviços assistenciais inseguros, com menor qualidade, que apresentam maior incidência de complicações assistenciais têm um consumo aumentado de recursos para tratar estas ocorrências e consequentemente aumentam suas receitas. Organizações com os piores índices de recuperação da saúde terão aumento das receitas pelo retrabalho. Hospitais com alto desempenho assistencial, caracterizados pela baixa mortalidade, são aqueles que também têm as menores receitas. Este modelo remuneratório penaliza economicamente organizações de elevada qualidade e por conseguinte menor custo assistencial.

É preciso transformar o jeito de remunerar, pagando melhor para aqueles prestadores e médicos que entregam melhores resultados assistenciais.

O que deve ser remunerado no sistema de saúde?

Devemos recompensar com remuneração as organizações queentregam aquilo que os usuários do sistema de saúde necessitam e querem. Os usuários necessitam e querem a manutenção e, se necessário, recuperação de sua saúde atendendo aos requisitos de excelência (valor em saúde para o paciente) a saber:

  1. Segurança;
  2. Eficácia;
  3. Eficiência;
  4. Centralidade do paciente;
  5. Acesso;
  6. Equidade;
  7. Experiência positiva.

Este conjunto é reconhecido como o cuidado baseado em valor entregue ao paciente.

Imagem: Freepik

O que a remuneração por valor em saúde traz de ganhos?

O uso de sistemas de remuneração baseada na entrega valor, como bundles, pagamento por valor/performance e economia compartilhada promove os seguintes benefícios:

  • Transparência nas relações prestador-operadora-pagante do benefício saúde;
  • Previsibilidade de custos para quem presta e para quem compra serviços hospitalares;
  • Indução de melhoria da segurança assistencial;
  • Indução de melhoria dos resultados e da qualidade assistenciais (eficácia);
  • Indução de redução da permanência além da necessária ao tratamento;
  • Centralidade do paciente: este é o amálgama essencial
  • Incentivo para reduzir os custos por internação;
  • Redução da sinistralidade da fonte pagadora ao longo do tempo porque os hospitais respondem aos estímulos econômicos;
  • Facilita a transparência entre as partes da cadeia produtiva de saúde;
  • Permite comparações fidedignas de desempenho de hospitais e médicos.

Como a plataforma de valor em saúde DRG Brasil realiza a transformação?

Temos que iniciar com alguns fundamentos essenciais sobre modelos remuneratórios e assistenciais:

Não existe modelo “completo”, que resolva todas as necessidades do sistema de saúde. Os diferentes modelos convivem e se complementam.

Não existe modelo “perfeito”. Modelo remuneratório e assistencial é igual fármaco. Apresenta benefícios, mas tem efeitos colaterais a serem controlados;

Um bom modelo remuneratório e assistencial para hospitais e médicos deve ser:

- Transparente;

- Consensual;

- Ter baixo custo de transação e operação para todas as partes;

- Ser previsível.

Os modelos de remuneração hospitalar e de seus médicos deve alinhar o interesse de hospitais, médicos e operadores do sistema de saúde aos interesses soberanos do usuário. O modelo remuneratório deve induzir as seguintes entregas do modelo assistencial:

  • Aumento da segurança do paciente
  • Melhoria dos resultados assistenciais (eficácia)
  • Menor custo pelo controle adequado dos processos (eficiência)
  • Menor custo pela redução dos desperdícios assistenciais (4 alvos do DRG Brasil)
  • Centralidade do paciente (todas as decisões do sistema de saúde são em seu benefício)
  • Facilidade de acesso
  • Equidade (tratamento igualitário independentemente de cor, gênero, naturalidade etc.)
  • Experiência positiva do cliente

No Brasil, estudos da comunidade acadêmica DRG Brasil detectaram 4 grandes expressões de desperdício pela incapacidade, do sistema de saúde brasileiro, entregar valor ao cliente. Estes desperdícios foram transformados em 4 alvos para melhoria assistencial do sistema de saúde:

🎯 Alvo 1: uso eficiente do leito hospitalar

🎯 Alvo 2: aumento da segurança assistencial

🎯 Alvo 3: redução de internações evitáveis

🎯 Alvo 4: diminuição de readmissões preveníveis

O modelo remuneratório deve recompensar o controle do desperdício determinado pelas disfunções da qualidade assistencial mostradas pelos 4 alvos do DRG Brasil. Assim é possível disponibilizar recursos para aumentar os ganhos econômicos de médicos, hospitais e operadores (da saúde suplementar e do SUS), aumentar o acesso do cidadão aos serviços e realimentar um novo ciclo virtuoso de investimentos em estrutura e processos para melhorar ainda mais a qualidade.

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